AR + TERRA + ARTE

Oi, meu nome é Amanda Borscheid e desde criança, a arte e a criatividade me

escolheram, tudo que podia ser feito a mão fluía naturalmente, desde tentar fazer uma

escultura de sucatas e papel machê aprendida no Art Attack a desenhos realistas e

patchwork. Sempre gostei de experimentar novas técnicas, diferentes manualidades e

formas de criar. Também venho escolhendo a criatividade: design, aquarela,

encadernação artesanal, patchwork, desenhar meus próprios vestidos de festas e

fantasias, poesias, cerâmica e tantas outras formas de criar que um dia ainda possa me

conectar (e tem tantas <3).

 

A Arterre representa a aceitação do feminino, do fluir e da criatividade como uma

energia vital. Arterre parte da palavra Artéria, que são todos os vasos que transportam

sangue oxigenado do coração para o resto do corpo. Na composição da palavra

também tem Ar, Terra e Arte: terra para drenar e conduzir o fluir das águas,

oxigênio (ar), e arte, afinal, que graça tem a vida sem um pouco de poesia e significado?

Um dos textos que me inspirou durante a escolha do nome foi esta passagem do livro

Mulheres que correm com os lobos:

 

“A força criadora escorre pelo terreno da nossa psique à procura de depressões naturais, os

arroyos, os canais que existem em nós. Nós nos tornamos seus afluentes e sua bacia. Somos

suas piscinas naturais, suas represas, córregos e santuários. A força criadora selvagem escorre

para todos os leitos de que dispomos, aqueles com que nascemos, bem como aqueles que

escavamos com nossas próprias mãos. Não temos de enchê-los. Basta que os formemos.

Uma vez que esse imenso rio subterrâneo tenha encontrado seus estuários e afluentes na

nossa psique, nossa vida criadora tem cheias e vazantes, sobe e desce com as estações,

exatamente como um rio natural. Esses ciclos propiciam que as coisas sejam criadas,

alimentadas, que recuem e definhem, tudo a seu próprio tempo, repetidas vezes.” (ESTÉS, 1994)

 

Entendo a Arterre como um arroyo, um canal formado para o fluir criativo. É onde

canalizo e disponibilizo minhas próprias criações e projetos criativos com muita

intenção. Meu desejo é que cada troca nutra algo em mim e no outro, que cada

momento seja vivido no aqui e agora com intensidade e entusiasmo. 

Vamos criar juntas?

 

Referência bibliográfica:

ESTÉS, Clarissa Pinkola. Mulheres que correm com os lobos. Rio de Janeiro, Rocco, 1994